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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Amigo de quem?


                              Dizem que o cão é o melhor amigo do homem. E Que todo mundo teria que ter um cachorro, e tem um ditado que diz.
 “Melhor ter um cachorro amigo do que um amigo cachorro.” 
                              Os estudiosos, os antropólogos dizem que o cachorro acompanha o ser humano a mais de milhares de ano.
Pois bem, eu fico pensando, será que eu sou um “ET”?
Talvez eu seja de marte, júpiter, urano, netuno ou ate mesmo de plutão. Não, plutão não, me lembra cachorro.
Meus amigos vivem me dizendo.
- Isso e bobagem sua, cachorro e muito bom.
- Eu sei que cachorro e bom é bom quente com maionese e mostarda. Hum... Muita mostarda.
- Nada isso e cisma sua. E perseguição sua com os coitadinhos.
- Nada disso. Eles e quem vivem me perseguindo, me mordendo me arranhando.
Eu vou lhe dizer eu e os cachorros, somos como óleo e água. Apesar de que eles não obedecem às regras e vira e meche cá estão eles misturando seus dentes pontudos em minha carne macia.
Desde sempre eles me perseguem e o pior e que eles me alcançam. Tudo começou quando eu tinha apenas cinco anãs de idade.
Lá estava eu curtindo umas férias em São Paulo (imagina uma criança de cinco anãs de férias eu nem estudava!), estava em uma praça no bairro Ipiranga, brincava eu feliz da vida, foi ai que começou a perseguição. Um baita de um cachorro policial veio em minha direção, parecia um mostro horrendo (todos eles são horrendos) correndo com sua enorme boca cheia de dentes, parecia à boca de um lobisomem se e que eu já viu um parecia.
Tai, será que eu fui no passado um matador de lobisomem? Pode ser daí que vem essa perseguição. Não eles não existem, ou existem. Eu não acredito por isso não vou colocar a culpa neles. Mais voltando à perseguição. Esse mostro não parava de correr corria e babava. e eu corria como um louco, imagine você eu uma criança de cinco anãos barrigudo correndo na grama e um cachorro latindo atrás o horror durou pouco talvez uns dez segundos, mais pra mim foi uma eternidade. E aquela besta fera ou fera besta, com aquelas patas enormes nas minhas costas. Por fim consegui ver ao fundo no dono do cachorro rindo de mim ai começou o meu martírio de lá pra cá já se vão vinte e cinco anãos de mordidas.
Eu imagino que posso entrar pro guines book como o homem mais mordido por cachorro. Bom se levarmos em conta que eu seja um “ET” seria o “ET” mais mordido da terra se eu tivesse como comprovar eu ganharia de lavada, com mais de dez mordidas a frente, ou melhor, dizendo atrás, em baixo do lado na mão, em cima...
Você já reparou que todo cachorro e bonzinho e não morde? E verdade os donos sempre dizem imagina ele não morde não pode entrar. Eu não caio, mas nessa não toda vez que eu fui escutar o dono eles me morderão. Foi só eu entrar e zas lá foi mais uma mordida. Depois do acontecido eles têm a cara de pau de dizer nossa ele e tão bonzinho ele deve ter te estranhado.
Que conclusão mais obvia. Outro me diz
- É só você não ter medo
Ta mais eu sempre digo. Eu não tenho medo de cachorro, eu tenho e pavor, pânico.
Às vezes fico pensando que eu estou na profissão errada. Talvez eu devesse ser carteiro. Ou quem sabe eu sou um gato.
“Eu sou o negro gato”
Será de quem foi a infeliz idéia de querer domesticar esse bicho?Podiam ter deixado ele lá no mato que não ia fazer falta alguma.
Veja bem eu não tenho nada contra os animais muito pelo contrario, eles e que tem algo contra mim.
À noite eu fico olhando as estrelas fazendo sinal, cheguei ate comprar uma luneta. E pra ver se eu encontro minha casa. Sim isso mesmo se o cachorro e o melhor amigo do homem, to no planeta errado.

15 de maio de 2009


O encontro



Belo horizonte, Avenida Afonso Pena esquina com Espírito Santo. Um homem negro 1,80m porem não muito forte, veste uma calça jeans camisa azul tênis branco meias brancas carrega uma mochila nas costas aparenta ter 33 anos de idade. Caminha em direção à rodoviária, são 22h48min horas.
Belo horizonte, Avenida Afonso Pena esquina com Espírito Santo. Um homem branco 1,60m, magro, usa calça jeans camisa branca, tênis preto sem meia um boné branco, aparenta ter 29 anos de idade, caminha em direção ao Palácio das Artes, são 22h48min horas.
Um e engenheiro formado na turma de 2005 da universidade federal de minas gerais.
 O outro parou de estudar no 3° bimestre da oitava serie do ensino fundamental.
Um e casado pai de duas meninas.
O outro abandonou a namorada grávida de oito meses.
O homem branco se aproxima do homem negro e lhe pede uma informação de onde fica a Praça Raul Soares.
O homem negro prontamente lhe indica o melhor caminho e a direção correta.
Dado as informações é anunciado o assalto.
“Quero a carteira e o celular, a carteira e o celular”.
O outro pede calma e retira dos bolsos o material pedido pelo assaltante.
Ao entregar a carteira e o celular ao à assaltante, o assaltado percebe que o assaltante não esta armado.
 O assaltado reage. Assaltante e assaltado entram em luta corporal são desferidos socos, chutes, apertões, estrangulamentos...
Transeuntes passam, olham a luta na calçada e seguem seu caminho. Um chega a parar e olhar por alguns minutos a cena de luta que esta acontecendo, depois de alguns minutos perde o interesse e segue seu trajeto.
Carros também passam, alguns buzinam mais nenhum para.
O vencedor do embate levanta um pouco sujo, e suado, cambaleante e ofegante, com a carteira e o celular nas mãos olha a sua volta, não vê ninguém, olha para o seu oponente no chão, desfere mais uns chutes três. E corre descendo a Afonso pena, corre muito e não para e nem olha para traz, corre a te sumir do alcance dos olhos.
O vencido ainda esta no chão, encolhido na posição fetal, chora e geme, sangra pela boca, pelo nariz, soa por todos os poros. Roupas e corpo sujo de poeira sangue, lagrimas ódio raiva.
Ele geme e chora, geme e chora.